terça-feira, 30 de maio de 2017

A minha lista dos piores do Benfica

Resolvi fazer aqui uma pequena lista que não contém Fernando Aguiar: é a lista dos tipos mais mete-nojo que eu me lembro de terem passado pelo Benfica:

GR: Roberto - porque era tão mau que até metia nojo;
LD: João Pereira - porque existia;
LE: Fernando Mendes - porque "jogar com a camisola do Benfica é como carregar uma tonelada às costas", fdp;
DC: Marchena - porque era um fdp sob vários pontos de vista;
DC: Paulo Pereira - por várias razões, incluindo ter sido, antes de vir para o Benfica (pela mão daquele grande fdp?), um javardito para o JVP;
MD: Simão Sabrosa (C) - porque sempre foi um idiota convencido e um tipo absolutamente detestável que cuspiu no prato em que comeu logo assim que chegou á Luz;
ME: Bruno César - porque disse, à chegada, que "o Benfica é uma boa ponte aérea para o futebol europeu";
MC: Carlos Martins - porque existia e era um fdp parecido com o Simão só que sem talento e com a inteligência táctica de um penedo;
MC: Tiago - porque disse, à chegada, que "espero continuar a evoluir e chegar a um clube grande", fdp;
AV: Mostovoi - sei lá eu porquê, fdp;
PL: Jankauskas - porque "o Benfica é uma religião... mas não é para mim".

Treinador: aquele enormíssimo fdp.

#fdp

quarta-feira, 1 de março de 2017

107658 para a GQ: "Nascido a 28 de fevereiro"

"O meu avô Domingos, pai do meu pai, nasceu a 28 de fevereiro de 1918. Teria feito 99 anos ontem, caso ainda fosse vivo. É de uma grande coincidência que o meu avô, o primeiro benfiquista muito antigo que eu conheci na vida, tenha nascido no mesmo dia que o próprio Benfica – apenas 14 anos mais tarde."

VERSÃO INTEGRAL.

107658 para a GQ: "Feios, toscos e maus mas bons"

(Publicado na GQ a 21 de fevereiro.)

Quando aquele homem grande, moreno, barbudo e desengonçado, aquele santo grego chamado Konstantinos, marcou aquele golo, domingo que passou, a minha euforia nos festejos não foi dedicada apenas a ele e ao seu “momentum maradonum”.

O meu grito foi de todos vocês, meus toscos. De vocês, meus patinhos feios que me enchem o coração há décadas com pontapés todos tortos, biqueiradas do outro mundo, cabeçadas à bruta e uma inspiração que ninguém compreende e que o próprio Gabriel Alves seria incapaz de justificar com a sua observação simples “é um jogador com um baixo centro gravitacional”.

Mitroglou, o grego, fez passar aquela bola milagrosa por entre uma floresta de pernas e, por cada perna ultrapassada como um pinheiro derrubado, os nomes dos toscos passaram-me à frente dos olhos, a bola batia nas redes de Marafona e em todas as redes de todos os tempos, sempre aos trambolhões, empurrada pelos pés de Mitroglou e pelos pés Magnusson, pelos pés de Cardozo, pelos pés até de Brian Deane.

Gostava de conseguir encontrar uma maneira de descrever o que sinto por estes homens grandes, bravos e sem jeito para jogar à bola, sobretudo nas horas em que me dão alegrias – o que, olhando para os nomes ali em cima, aconteceu centenas de vezes, várias centenas de vezes. Mas não tenho.

O que eu sinto por eles é praticamente inveja. Porque é preciso ser-se muito bom para, não tendo um talento reconhecível à vista desarmada, a olho nu, se ser tão bom. E assim eles, estes Mitroglous, estes sem-jeito-nenhum, garantiram o seu lugar na história, pelo menos na história que eu hei de contar aos meus filhos e aos meus netos, quando os tiver, uns de cada vez e por ordem, primeiro os filhos depois os netos.

E os toscos conquistaram esse lugar, esse estatuto e este amor que não é bonito nem tem jeito mas que eu sinto por eles, um amor tecido a compaixões condescendentes de cada vez que deixam escapar a bola, de cada vez que a tentam dominar e ela fica três metros lá mais à frente, de cada vez que tentam uma finta que não sai porque não sabem como se faz – e de todas as vezes eu exclamo, com sorriso paternalista, “para a próxima ele consegue”.

Porque isto é gente que não desiste. Eles até podem nem correr muito e fintar só três vezes por ano. Mas estão lá e aguentam e acabam por fazer com que todos acreditem neles, os treinadores, os adeptos, os companheiros de equipa e até os adversários.

E eles, que são toscos e são feios e não têm jeitinho nenhum para nada, marcam aos trinta e aos quarenta golos num ano, enchem-me de alegria e fazem tremer os rivais quando o seu nome é anunciado ao mesmo tempo que o povo delira nas bancadas, “com o número sete… Óscar Cardozo! Bruaaaaaaa”, “com o número 11… Magnusson! Bruaaaaaaa”, ” com outro número 11… Mitroglou! Bruaaaaaaa”.

Vivam os toscos! Viva Mitroglou!

107658 para a GQ: "Também Jonas é amor"

(Publicado a 14 de fevereiro na GQ.)

Hesito ao começar este texto porque receio sofrer represálias, quer em casa quer no estádio. Mas é dia de São Valentim e hoje joga o Benfica, ou seja, temos aqui uma situação.

Creio que não melindro ninguém se traduzir cientificamente a minha bigamia recorrendo à seguinte fórmula: três medidas de amor para uma de Benfica. Não exagero, sou muito apegado à minha namorada apesar de ela achar que há demasiado Benfica entre nós. “Mas vocês estão sempre a jogar?”, “tens sempre Benfica”, “já não posso com o Benfica” ou “já não te posso ver, a ti e ao Benfica” são os modos com que regularmente se refere ao clube ou o menciona em conversa.

Quando nos conhecemos, ela não gostava de futebol nem do Benfica e puxava desinteressada e desleixadamente pelo Sporting. Hoje, odeia futebol, nutre um profundo desprezo pelo Benfica – um desprezo que deriva do ciúme, mea culpa, eu sei – e não sabe ao certo quando é que joga o Sporting (mas espera sempre que eles ganhem). Puxa fervorosamente por Portugal, no entanto, e festejou com bravura na hora abençoada de Eder.

Quando fomos viver juntos ainda eu não era sócio. Ia ao estádio com alguma regularidade mas sem disciplina. No primeiro aniversário que festejei na nossa casa, precisamente 27 dias depois de nos termos mudado para debaixo do mesmo teto, um amigo decidiu oferecer-me de presente uma proposta de sócio. Ela na altura não ligou. Hoje talvez tenha consciência que foi um momento marcante na nossa vida a três – aliás, diria que começou a ter essa impressão quando decorou a data de fundação do Benfica graças ao código de desbloqueio do meu telefone.

A frequência das idas ao estádio foi naturalmente aumentando. E aumentou de tal forma que, após a tragédia de maio de 2013, senti a necessidade de fazer o Redpass – eu e um outro amigo que, desde então, ocupa o lugar ao lado do meu naquela que é a nossa segunda casa (vivemos juntos, fim-de-semana sim, fim-de-semana não, vai para quatro anos).

A nossa vida – minha e da minha namorada – vem sendo, ao longo dos anos, não diria marcada pelo ritmo que Pizzi imprime ao jogo, mas no mínimo condicionada por cerca de 90% dos jogos que o Benfica tem em casa (e mais uns quantos fora). Mas para explicar este tipo de fenómenos já existe Nick Hornby e o seu Fever Pitch, compêndio inatacável sobre a necessidade de um homem – ele próprio (ou eu, no meu caso) – de ir à bola e os efeitos secundários físicos, metafísicos e existenciais de não cumprir esse desígnio, essa função primordial que resulta de um instinto muito próximo do de sobrevivência.

Serve toda esta conversa, meu amor, para publicamente me justificar e pedir-te desculpa e agradecer toda a tua compreensão por este meu plano de Dia de São Valentim que passa por ir ver o Benfica – Borussia Dortmund para a Liga dos Campeões – mas é que, ainda por cima, um dos patrocinadores da prova convidou-me e ofereceu-me bilhete e é para o piso 1, pelo que o mais provável é que haja salgadinhos e, com sorte, uma ou outra cerveja, até porque se trata da Heineken que vai apresentar a nova campanha protagonizada pelo Mourinho, que deve estar em casa, de chinelos, a assistir à partida pela televisão porque o Manchester United joga a Liga Europa e esses não jogam hoje (mas seria extraordinário se também ele estivesse presente).

Há dias em que o meu coração se divide, se dilacera e sofre por não chegar para tudo. É assim o amor e se fosse fácil não era para nós.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

107658 para a GQ sobre aquelas 20 horas e seis minutos

Nuno Espírito Santo queria saber como reagiriam os benfiquistas ao facto de não estarem em primeiro lugar e eu diria que reagimos com a dignidade e a serenidade que a ocasião impunha. Foi uma lição, uma aprendizagem e acredito que não nos saímos nada mal perante a novidade das circunstâncias. Espero que a aventura do treinador do Porto no primeiro lugar tenha sido igualmente enriquecedora.

Aprende a respirar aqui.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

107658 na GQ: Palavras latinas e estátuas gregas

Apesar do desconcerto e da incapacidade para a interpretação dos factos, dos sinais, da disposição dos jogadores em campo e de aquela entrada de carrinho sobre Carrillo não ter dado penalty, há coisas que não enganam. O estranho silêncio dos adversários, por exemplo. Tudo quieto, tudo sossegado, serenos como estátuas gregas. Se há coisa transparente nestes momentos é o silêncio dos eufóricos. É que a antecipação do sucesso, da conquista, da capitulação do rival, é uma coisa capaz de incendiar as entranhas mais plácidas e frias. E há um calor visceral que se sente no sorriso pacífico de cada rival calado e conservado em ansiedades “aguenta-te, Xico, aguenta-te, Xico, não deites já foguetes”. VERSÃO INTEGRAL.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O dia do caos

Ao almoço, no restaurante, havia um casal de turistas franceses com um bebé de colo e o bebé não parava de chorar. Quando o homem, ainda jovem, concluiu que a criança estava a passar todos os limites do incómodo infligido aos restantes clientes, decidiu pegar no miúdo e levá-lo lá para fora. Pude então ouvir as conversas dos outros.

Uns que estavam na mesa do fundo falavam de futebol, um do Benfica e outro do Sporting. O sportinguista troçava do primeiro nas entrelinhas das críticas pretensiosamente construtivas que ia fazendo ao Benfica, ao treinador do Benfica, aos jogadores do Benfica, ao presidente e a todo o universo do clube casual e afortunadamente tricampeão nacional.

No final do almoço, percebi que o velhote que estava calado e solitário na mesa ao lado da minha, onde eu também estava calado e solitário, era afinal portista. Levantou-se a seguir à sobremesa, dirigiu-se aos outros dois rapazes, que cumprimentou efusivamente, exclamando "isto hoje está tudo bem, está maravilhoso". É sexta-feira, tudo bem, mas está um frio do caralho e ora chove, ora faz sol. Mas ele depois lá se explicou por tamanha felicidade, velho dum cabrão, "ontem quando cheguei a casa e vi que estava 3-1 nem queria acreditar, que maravilha". O sportinguista naturalmente juntou-se a ele na celebração deste dia especial. O benfiquista ria-se, não sei se por ser um idiota aparvalhado ou se por pena da figura dos outros dois. Mas acho que era só idiota, mesmo.

Foram-se embora e eu fiquei a desfrutar do silêncio enquanto trocava mensagens com amigos e lia opiniões na internet. Acabei por não desfrutar de porra nenhuma de silêncio. Estou todo torto na cabeça, a ver em loop a forma como Lisandro sacrifica a própria perna e a vitória da equipa só para não ceder canto. Consigo imaginar Jonas a derrubar pinos de bowling e stumps de cricket com pontapés precisos de longa distância, mas não consigo vê-lo a marcar um filho da puta dum golo ao Moreirense, foda-se. Ontem ficaram quatro bolas por entrar, quatro. Só me vem à cabeça Jardel vestido de Melania Trump com a bola dentro de uma caixinha a oferecê-la a uma Michelle Obama vestida com a camisola do Moreirense.

E depois olho em redor e está tudo errado. Os nossos centrais estão rebentados e o modelo de jogo não sabe adaptar-se à ausência do Fejsa. Não temos uma estratégia alternativa, temos só este 4-4-2 estanque que vive às custas dos valores individuais e, quando a bola não entra tanto quanto devia, é uma grande merda porque não temos como nos defendermos.

O Rui Vitória está errado e o Jardel e o Samaris também. O Carrillo só pode ser piada. E no entanto eu não queria estar a pensar assim. E vou comprar bilhetes para Setúbal só para ir ao Bonfim certificar-me de que estou a ser histérico e paranoico e isto são só efeitos secundários e caóticos de uma ressaca futebolítica. Coisas que acontecem. Felizmente não estou habituado.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

#107658: a alegria de Rafa

"O Rafa apontou para a frente, a pedir a bola, e o Jonas – naturalmente o Jonas; incontornavelmente o Jonas -, de ainda antes da linha do meio-campo, meteu-lha exatamente onde ela ficaria perfeita para levar um toque subtil e sereno, como se o pé direito do Rafa fosse nesse instante uma mistura entre uma colher de açúcar e uma catapulta gentil. E a bola levou o tal toque e então sobrevoou com leveza um guarda-redes chamado Cláudio Ramos e aninhou-se, depois, no fundo das malhas, não sem antes fazer o som mais erótico e sensual que se pode ouvir num estádio de futebol: aquele vschhhht a deslizar pelas redes da baliza, ainda rodopiando." Versão integral AQUI.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O velho mal do novo mundial

A minha opinião acerca do projecto de alargamento do Mundial de futebol - e do futebol contemporâneo, de um modo geral. Publicado originalmente na GQ Portugal.

"Está aí o projeto para a americanização definitiva do futebol, no sentido de o transformar em desporto de consumo light, como o são o basebol ou o futebol americano, tornando o soccer ainda mais plástico, superficial e desprovido de paixão e romance do que já está, circunscrevendo-o a desporto de arena para ser observado enquanto se come pipocas na bancada ou diante de qualquer dispositivo de imagem.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, apresentou na segunda-feira um alargamento do Campeonato do Mundo de seleções para 48 equipas, em vez das 32 atuais, a partir de 2026.

Para quê fomentar a paixão e a exigência se podemos entreter as classes privilegiadas durante mais tempo, com bilhetes mais caros e vender mais jerseys com nomes de craques, não é? A tendência não nasceu anteontem e não foi o infeliz Infantino quem inventou o vírus que vai consumindo o futebol moderno.

Faço aqui um parêntesis para tentar situar o tal futebol moderno. Depois da fundação da UEFA e da implementação das competições europeias de clubes, época que podemos classificar como a idade dourada do futebol – expoente do romantismo futebolístico e a era em que o belo-desporto se tornou definitivamente rei -, entrámos numa fase ambiciosa de crescimento. A expansão do fenómeno a territórios que não são naturalmente fanáticos desta nossa bola constitui aquilo a que podemos chamar de futebol moderno.

O Mundial de Itália, em 1990, terá sido o último estertor da segunda idade – essa tal que é dourada – do futebol. No ano seguinte, a versão experimental da Liga dos Campeões era o prenúncio do fim da era. Não nos esqueçamos também do facto de haver novos países nascidos do fim da URSS e da Jugoslávia, o que acabou por fornecer matéria-prima adicional para esta expansão de competições. Demos por nós em 1994 a jogar um Mundial nos Estados Unidos em relvados estranhos e em estádios concebidos para outros desportos, repletos de público na sua maioria incapaz de distinguir um fora-de-jogo de uma entrada de pé em riste. Concordemos em estabelecer 1994 como o começo oficial do futebol moderno.

Daí em diante, assistiu-se a um desvirtuamento quase total de algumas das essências do jogo, a começar pelo que são as equipas. O que é hoje uma equipa de um clube? Ainda no outro dia eu ouvia o brilhante Antonio Conte queixar-se de que era indecente o que os chineses andam a fazer, gastando alarvemente milhões de dólares para comprarem, na Europa, jogadores que são famosos mas que não valem um décimo daqueles valores. Achei graça porque Conte é o treinador do Chelsea, clube detido por um magnata do petróleo russo que comprou não só o clube como tudo quanto mexia e falava português em 2004, por exemplo, e por valores muito superiores ao esperado.

Ou seja, isto de fazer equipas plásticas com dinheiro fresco ainda a cheirar a ouro negro (ou de outras cores e diferentes proveniências) não é uma coisa de agora. É por isso que olhar para as equipas dos anos oitenta me causa tanta nostalgia. Os clubes tinham culto, tanto nas bancadas como no balneário. Já havia dinheiro, claro, e os mais ricos tinham vantagem natural, mas era assim no futebol como o era em todos os outros aspetos da vida contemporânea.

Hoje, a discrepância atinge o nível do insulto – em Inglaterra, por exemplo, uma equipa da segunda divisão, é capaz de gastar 80 ou 90 milhões de libras em contratações de pré-época, coisa que nenhum dos clubes grandes portugueses é capaz de gastar numa só época – se calhar, nem os três juntos gastam tanto dinheiro. É apenas um exemplo, mas haverá mais e igualmente ofensivos.

Olhamos em redor e os miúdos tendem mais a ser adeptos dos Cristianos Ronaldos e dos Messis do que de um clube em particular – e estes dois super-jogadores até são bons exemplos de lealdade aos seus clubes. Se pensarmos no contemporâneo Axel Witsel ou, em versões mais vintage de craques, em Kluivert, por exemplo, verificamos que não passam de trota-mundos que dão o seu espetáculo como os saltimbancos de antigamente, assentando arraiais ora aqui, ora ali, e cobrando bilhete à população local pela sua dose de entretenimento. Fazem-no com zero por cento de apreço pela camisola que vestem e medida semelhante de paixão pelo clube que defendem. E não são os únicos e não se pode culpar apenas os jogadores por se ter chegado a este ponto. Se os próprios clubes cultivam mais o comércio do que a paixão ou se o têm de fazer para conseguir sobreviver num mundo em que os gigantes opulentos do futebol compram tudo o que lhes apetecer, que moral há para que se exija lealdade e amor à camisola aos jogadores?

Este futebol de agora vai triturando o futebol sentimental que conhecíamos em troca dos milhões das audiências e de estádios tão asseados quanto assépticos, concebidos à medida de quem tem dinheiro para ir à bola como quem dantes ia à ópera.

O Mundial de 48 equipas, que Infantino justifica ridiculamente com a democratização do acesso à competição porque “há muitas equipas que nunca lá chegaram”, não passa de uma farsa futebolística. Num desporto de alta competição, baixar-se a fasquia quando tantos lutam para se superar todos os dias é um absoluto ultraje.

Mas tudo bem, vamos ter 80 jogos em vez dos atuais 64. Um terço desses jogos não terá a menor qualidade, o mais pequeno interesse. Porém, com certeza haverá quem possa pagar mais bilhetes de ópera para se sentar nas cadeiras acolchoadas a comer pipocas."

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

107658: a linhagem de Ronaldo

"Voltando o Ronaldo, é curioso perceber que a sua linhagem começou num centralão chamado Ronaldo – durante o Mundial dos Estados Unidos, em 1994, havia uma novidade entre os convocados, um miúdo com uns dentes engraçados e um génio ainda por descobrir, a quem chamavam Ronaldinho. Não chegou a jogar pela seleção brasileira dessa vez lá na América, mas fez parte da equipa. Na altura, chamavam-lhe Ronaldinho porque Ronaldo já havia um na Canarinha, que era o tal defesa-central a quem até chamavam Ronaldão." Texto completo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Muito amor, muita saudade - 107658

"Jonas é tão bonito a jogar à bola que consegue fazer-me sentir saudades dele até durante a semana, quanto mais quando se lesiona durante quatro meses." "Cardozo é Charles Bronson a entrar num pub e a pedir um bourbon enquanto ajeita o palito no canto da boca." Isto e mais ainda na crónica desta semana.