sexta-feira, 6 de maio de 2011

"Oh, poucachinho..."

Seria assim que Jesus haveria de me responder à pergunta "Jorge, o que é que achas que a gente jogou ontem?". Se eu o quisesse ouvir hoje, claro.
Não estava à espera disto. É uma peseirada demasiado dolorosa. Depois de 21 anos à espera de chegar a uma final europeia, com todo o deserto que existiu pelo meio, os Benfiquistas não mereciam que a equipa perdesse esta oportunidade, depois de entrarem em campo com a eliminatória favorável.
Hoje não tenho muito para escrever. Pelo menos, por enquanto. Ainda estou numa espécie de luto. Mas há dois ou três apontamentos que é preciso fazer. Primeiro, não gostei que alguns benfiquistas tenham ido esperar a equipa à Luz para os apupar e assobiar. Já o disse várias vezes: para isso, existem os adversários. Mais: se perdemos na meia-final foi porque lá chegámos. Que a memória não seja curta: isso já não acontecia há 17 anos. Gostava também que, antes de se tomarem decisões sérias, se parasse para pensar. Crucificar jogadores e treinadores na ressaca de uma derrota dolorosa é a versão pós-moderna de chegar a casa bêbado e bater na mulher depois de um empate com o Varzim, de autogolo no último minuto dos descontos. Sejamos sérios, presidente. Calma aí com isso. Eu próprio irei pensar no assunto, calmamente, quando estiver em condições de fazê-lo. Hoje não estou para isso, é dia de carpir, não é dia de pensar. Mas, quando o fizer, emitirei o meu parecer.
Para terminar: parabéns ao Braga; e obrigado aos jogadores do Benfica por terem dado o seu melhor e por, apesar desta derrota, terem chegado longe. E um abraço ao Fábio Coentrão que é, mais do que um símbolo do Benfica, claramente um dos meus melhores amigos.

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